Confesso que não esperava ter de ainda escrever alguma coisa que tivesse uma relação com você... Você não cabe mais nos meus textos. És um capítulo que eu escrevi, duas vezes, mas que não decidi publicar no meu livro da vida, não ainda. Seus gestos não te fazem merecedor.
Não esperava de você, um parabéns, uma mensagem no celular, um " Oi", " Como vai?" de vez em quando, de vez em nunca; mas não custava lembrar, custava?
Sempre lembro tanto de tanta gente, e quando me é possível tento estar ... numa mensagem , num telefonema ... dessa vida só o que se leva é o que se faz de bom , o bem que se vive, se partilha ...
Quando eramos , foi partilha. Quando deixamos de ser foi intriga. Quando nos perdoamos foi intriga desfeita, mas pareceu não ser esquecida.
Tempos e dias se passaram eu esperei uma terceira vez, e de fato, os fatos me mostraram que ela não ia chegar ... e não chegou. Não necessito mais que chegue ...
Pra você nada do que eu disse ficou , o que eu disse permaneceu até o dia que você estampou o que eu queria ver de você e você mais implicou ... você revela e ela se reserva , eu não sei bem porque ... não me interessa! Confesso que me intriga e me alegra... Perceberás um dia , isso eu sei ... algumas percepções que tive e tenho talvez um dia terás ... assim espero ... se escrevo ainda estas últimas poucas palavras pra você é porque me aliviam e de alguma forma você está finalmente saindo de mim... e quando eu leio o que esvaziei de ti indubitavelmente você não voltará a mim, da forma como um dia chegou ...Num olhar se chega ao coração e nas palavras se despede sem muita razão...
A razão de esquecer é minha, mas partiu de atitudes tuas...Obrigada pela curta estadia, mas o aluguel está vencido e você não foi tão bom inquilino quanto poderia ser ... um dia ainda poderás precisar de um aluguel amigo ... mas isso são outras reflexões para uma outra prosa ...A ti só me restaram duas coisas : educação e silêncio .
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